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Ele tinha a aparência que geralmente alguém associa com os patriarcas e profetas do Antigo Testamento – magro, ao ponto de ser esquelético, seguido de uma barba branca e olhos afundados. Sua roupa teria sido considerada esfarrapada pelos padrões de alguns, mas de qualquer modo, isso não atrapalharia o distinto ar que era evidente em ambas as suas fisionomia e conduta. Ele era um homem um tanto misterioso. Os detalhes do começo de sua vida eram conhecidos somente por alguns grupos de amigos próximos. Indícios que nos tem sido dado insinua as grandes realizações e celebridade, ambas como uma estrela de circo (um acrobata) e como um ator. Mas ele propositalmente distanciava-se daquela parte de sua vida. Sua barba permitiu a ele o anonimato que procurava. Não sabemos o quão velho ele era quando ele dedicou sua vida ao serviço de Deus, ou quando ele se tornou afiliado com o povo pentecostal. Quando o irmão Branham o encontrou pela primeira vez, em 1935, ele estava com 55 anos de idade e era um pegador itinerante cujo púlpito foram as esquinas das ruas da América. Suas reuniões aconteciam em Louisville, Kentucky, numa convenção patrocinada por uma organização chamada A Escola dos Profetas. O idoso evangelista e o jovem pastor acharam gosto imediato um pelo outro, e o irmão Ryan era convidado para a pequena casa na Mechanic Street em Jeffersonville, onde o irmão Branham e sua esposa, Hope, moravam com seu bebezinho novo, Billy Paul.Uma noite enquanto eles estavam conversando, o irmão Ryan começou a falar numa língua desconhecida – uma das primeiras ocasiões em que o irmão Branham ouviu este dom em operação. Ele sentiu atração a esta demonstração do Espírito, porém naquele tempo ele possuía muitas dúvidas em seu coração concernente ao movimento pentecostal, e se ele deveria ou não afiliar-se com tal povo. O irmão Ryan o aconselhou: “Irmão Billy, você é apenas um jovem agora; existe uma porção de juventude para você ainda. Mas algum dia isto irá se assentar e o Deus Todo-Poderoso irá usar você para mover as nações”. O irmão Branham lembrava-se desta impressionante declaração como sendo realmente o primeiro encorajamento que ele alguma vez recebeu de outro ministro relativo à sua vida única e ministério. O irmão Ryan e sua esposa se tornaram visitantes regulares em Jeffersonville, e ele frequentemente pregava no Tabernáculo Branham e ficava com o irmão Branham e sua família. Ele estava em Jeffersonville quando da enchente do Rio Ohio em 1937 e ele ajudou nas operações de resgate. Nunca perdia uma oportunidade para falar aos outros a respeito do Senhor, e ele também pregava enquanto ficava de pé atrás de um bote, quando ele subia e descia o rio. Por salário, os Ryans dependiam somente das almas das pessoas. Ocasionalmente havia uma pequena oferta, se a ele fosse oferecido um púlpito por um culto ou dois, porém sua vida era miserável e sua casa em Dowagiac, Michigan, extremamente humilde. O irmão Branham expressou várias vezes como ele grandemente admirava a irmã Ryan pela maneira como ela fielmente ficava ao lado de seu marido, mesmo em meio a tempos de muita fome e de desesperada necessidade. Ela sempre falava do irmão John (que por causa do seu forte sotaque sueco, ela pronunciava como “Yan”) com o maior respeito. “Irmão Bill”, ela dizia, “Yan é um homem de Deus. Aonde Deus o guia, Deus tomará conta de mim”. A despeito de sua frágil aparência, o irmão Ryan era muito atlético, sem dúvida um testamento dos seus primeiros treinamentos de circo. Às vezes ele dirigia uma bicicleta por centenas de milhas para atender a uma das reuniões Branham, porém mais frequentemente, ele e sua esposa pegavam carona, algumas vezes de costa a costa. Ele se deleitava em relatar de como que naquelas ocasiões quando simplesmente parecia que eles não conseguiam fazer um passeio, ele então saía a uma curta distância afastada para orar enquanto a irmã Ryan ficava ao lado da rodovia à espera de um carro por parar. Quando parava, ela chamava por ele: “Yan, temos um!”, e ele corria para se juntar a ela. Eles tinham que pular no carro rapidamente, antes que o motorista surpreso pudesse mudar sua opinião!O irmão John Ryan passava muito tempo em oração e jejum. Frequentemente ele deitava sua face em oração por dias antes de uma reunião das campanhas do irmão Branham, buscando o Senhor em favor do povo que estaria atendendo, para que seus corações pudessem ser preparados, e por Sua Presença no culto. Embora seu modo de transporte frequentemente exigisse alguma esperteza, ele de qualquer modo conseguia atender a maioria das reuniões. Seu canto jubiloso e pregação nas ruas próximas onde os cultos eram organizados era uma visão familiar – e uma que o irmão Branham sempre procurava ir em frente para ver. Um dia em 1955, quando vários dias de cultos adiantavam-se para o final, os ministros patrocinadores se reuniram com irmão Branham uma vez à extremidade da plataforma e começaram a expressar a ele suas soberbas ao sucesso da reunião. “Vocês gostaria de saber ao que vocês podem atribuir o grande sucesso desta reunião?” ele lhes perguntou. Então parando em um lado, ele puxou para trás uma das cortinas do palco. Lá no chão estava o irmão Ryan, em oração. “Ele tem estado orando sem parar por dias, irmãos, e é por esta razão que estas reuniões foram um sucesso. Isso mostra a vocês o que somente a oração de um homem perante Deus pode fazer”.

O irmão John Ryan e sua esposa foram estar com o Senhor em 1955 dentro de poucos meses um do outro. Quando o irmão Branham ouviu de sua partida, ele expressou este desejo: “Eu quero estar por perto quando eu o ver coroado, imortal”.

Diógenes Dornelles

(Fonte: “Believers News” – Abril de 2001)

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58 – Mais tarde, eu encontrei um velho homem que talvez esteja aqui na igreja agora, ou ele esteve aqui na igreja, pelo nome de John Ryan. E eu o encontrei num lugar… O velho companheiro de barba e cabelo longo, e talvez ele esteja aqui. Pensei que ele fosse de Benton Harbor aqui, na Casa de Davi. 59 – E eles tinham um lugar em Louisville. Eu estava tentando encontrar esse povo, e eles o chamavam de Escola dos Profetas. Assim pensei em ir até lá ver o que era aquilo. Bem, eu não vi ninguém rolando no chão, mas eles tinham algumas doutrinas estranhas. E foi lá onde eu encontrei este velho; o qual me convidou para ir a sua casa. 60 – Fui para umas férias. E estive lá um dia, e voltei para sua casa e ele havia saído, e tinha ido a alguma parte lá em Indianápolis. Disse: “O Senhor o chamou,” a esposa dele. Eu disse: “A senhora quer dizer que deixa aquele homem sair assim?”61 – Ela disse: “Oh, ele é servo de Deus!” A pobre velhinha morreu algumas semanas atrás, ouvi dizer. E ela era dedicada a ele. Que coisa! Esse é o tipo de esposa para se ter. Isso é correto. Certo ou errado, ele está certo de qualquer modo. Eu disse… Bem, eu sabia que eles… 62 – Agora, ele… Irmão Ryan, você está aqui? Ele não está aqui. Ele esteve outro dia, não é, rapazes?63 – Ora, eles apenas vivem com o que eles conseguem, e ele não tinha nada em casa para comer. É isso mesmo. E eu tinha pegado alguns peixes lá numa pequena lagoa, ou um lago, em Michigan, e desci até – e desci até o lugar. E eles nem sequer tinham banha de porco em casa, nem gordura para cozinhar os peixes. E eu disse: “Ele te deixou sem nada na casa?” Disse: “Oh, mas ele é servo de Deus, Irmão Bill” Disse: “Ele…”64 – E pensei: “Bem, Deus abençoe seu velho coração. Irmão, eu estarei bem ao seu lado.” Isso é correto. “A senhora tem tanta consideração por seu marido. Estou disposto a me juntar e estarei ao seu lado por causa disso.” Isso é correto. Precisamos de mais mulheres assim hoje, e mais homens tendo consideração por suas esposas desse jeito. É isso mesmo. Seria uma América melhor se maridos e esposas se juntassem assim. Certos ou errados, fiquem com eles. Não haveria tantos divórcios.

Como o Anjo veio a mim e a Sua comissão (17 de janeiro de 1955)

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